sexta-feira, 23 de abril de 2010

A espera (ou à espera)

Esperando pela indiferença é que pude enxergar a que ponto as coisas chegam. Na medida em que tudo se transforma percebo que somos capazes de sentir aquilo que sequer imaginávamos existir. Aquilo que nunca esperaríamos sentir. Aquilo que nunca quisemos ver existir e/ou esperar sentir. Ao que parece, são coisas da vida. Transformações engrandecedoras, crescimento involuntário, endurecimento do peito. Sim, coisas da vida, não? Bom também. Ruim também. Casos e acasos. Casos e descasos. Idas e vindas. Algo que talvez eu não tenha tato para controlar. É como diz o poeta em Pessoa: "o homem vulgar, por mais dura que lhe seja a vida, tem ao menos a felicidade de não pensar". Fato é que não me reconheço em mim. Invulnerável e indisposto sigo sem ter onde parar. Estou me guardando para quando o Rio das Ostras Jazz & Blues Festival chegar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário