terça-feira, 13 de outubro de 2009

Da ordem das coisas


Certa vez, duas mocinhas comportadas, senhoritas dos bons costumes cristãos, argumentavam sobre a validade da pirataria eletrônica. Não muito distante dali, porcos envoltos em seus ternos, uísques e opulentos embornais se rolavam ao serem informados de tal comentário. Desejadas por eles, as mocinhas, andrajosas, cobertas por suas rendas rosadas, aguardavam ostentosamente pelos falos roliços de tais curadores da moral que engendrariam mais uma gestação coletiva. Elas, tolas, não entendiam que, de suas roupas aos seus posicionamentos, tudo era uma enorme patifaria. Já eles, conscientes obstetras que são, rebentariam aos tortos diversos filhos que seguiriam seus passos, corroborariam mais uma vez o dilúvio da tecnologia, atestando valor às coisas ao seu bel prazer.

Elas, mesmo sem saber, sem indagar, constavam no enorme Livro de Observações como contraditórias, pois compravam roupas falsas, surrupiavam a ordem legislativa ao consumirem antídotos ilegais, corrompendo-se por adquirir bens efêmeros, embora demasiado lucrativos para os porcos que, por sua vez, preocupavam-se apenas com mais, mais e mais. Assim, a ordem das coisas seguiu. Não com as mocinhas ou com os porcos, mas com o fato, aquilo que sempre permanece. O acontecimento imensurável, que agrega valores a objetos inanimados e põe a todos em uma enorme bolha ilusória chamada convenção.

8 comentários:

  1. Essa masturbação de palavrinhas difíceis é uma tentativa de nos tirar?

    ResponderExcluir
  2. Ok Leo. Eu entendi o post. Agora lembre-se, os leitores também precisam entender. E, da próxima vez, faça comparações menos descabidas, pois senão acaba ficando ridículo, como agora.

    ResponderExcluir
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  4. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  5. Vocês estão enganados. O texto não tem nada que ver com vocês. Se não o entendeu Alan, preocupe-se, pois não há nada de "descabido" ou incongruente na narrativa. Não ateste para os outros incompreensões e ignorâncias suas. E não, você não "entendeu o post". Luiz, deixemos esses comentários para mesas de bar, posto que, já que somos os únicos que comentam, efetivamente, nossas publicações, reservemos este espaço para algo produtivo. Combinados?

    ResponderExcluir
  6. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  7. Leo, 'você não vale nada mas eu gosto de você'. Agora, mesa de bar com você? Conta outra. Você tem muito ensaio pra fazer.

    ResponderExcluir