sábado, 24 de outubro de 2009

À paulistada


Apesar de estar sim contando com algo provável, embora longínquo, não consegui me deter a escrever o presente texto. Mesmo ciente de que este possa ser não equivocado, mas prematuro. Somos algo indizível. Arquitetamos conquistas que acontecem, quase sempre – ou sempre – apenas em nossas cucas. Contudo, ante os comentários (ou a falta destes) nos noticiários esportivos nacionais (?), promulgo aqui um levante contra a omissão em perceber que o Clube Atlético Mineiro, hoje, é o candidato mais próximo ao título do Brasileiro.

Analisemos rapidamente aos 8 jogos restantes: O Atlético enfrenta, hoje, o Vitória no Mineirão. Mais de 47 mil ingressos já vendidos. Contudo, não terá Éder Luis (Rentería), Correa (Serginho) e Carlos Alberto (Coelho), mas jogará em casa e com Tardelli; no próximo jogo, pegará o Fluminense (rebaixado), no Maracanã, além de Goiás, também fora de casa; receberá o Flamengo no Mineirão (lotado); Coritiba fora; Internacional em casa (lotado); Palmeiras no Parque Antártica; e Corinthians no Mineirão (claro, lotado).

Dizer que todos os jogos são difíceis não seria verdade. Seria moralidade. Como ouvi certa vez, “nosso time só é grande por conta de sua torcida”. Isso queiram até os mais loucos, é fato. Assim, o que me envolve nessa imensa teia do azar que parece estar impregnada na camisa alvinegra é acontecer algo impensável, improvável, quase catastrófico nas últimas rodadas. E isto, todo atleticano sabe bem, é possível.

Mas antes disto, a omissão em perceber a possibilidade do título pelos paulistas é, vergonhosamente, visível. Talvez só haja destaque ao Atlético quando este conquistar o título (Ogum, Xangô e São Judas Tadeu que me ouçam) nacional. Portanto, mais que vislumbrar de olhos vendados um título, já conhecedor de várias frustrações, me serviria mais como um tapa de luvas mineiro, posto que a arrogância e a prepotência paulistana me encharcam de pejo e asco.

Assim, rumamos todos ao Nacional, pois nada é eterno, nada permanece, tudo se transforma com o tempo e este, nós atleticanos, já soubemos muito bem cultivar. Apaixonados por um clube. Não por suas conquistas, mas por sua camisa, suas dores e vindouras glórias.

Obs: quanto aos comentários anteriores que fiz a este mesmo clube que aqui exalto, não me culpo nem peço desculpas. Sou torcedor.

3 comentários:

  1. Meu caro Leo, também acho muito bom ver o Galo na situação que está. Deixando a paixão um pouco de lado, o melhor é ver o clube se reerguendo, se reconstruindo e se reestruturando. Ganhando o respeito deixado pra trás outrora. Contudo, discordo quando diz sobre a omissão dos paulistas em relação ao Galo. Com excessão dos jornalistas da Band (salvo o Milton Neves, atleticano fanático), o que vejo é toda a mídia, apesar de muito surpresa, acreditando no nosso time. Exemplos? Milton Leite, André Risek, o excelente Lédio Carmona, só pra citar alguns. E permita-me um atrevimento: recomendo-lhe um pouco mais de calma. Fiquemos na miúda e não cometamos o pecado do salto alto, como sempre fazem nossas arqui-rivais. Um abraço!

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  2. Chorumelas à parte, torna-se mister dizer que não sabia que o Léo era tão fanático assim... e olha que o conheço há uns sete anos. Será mal de cruzeirense?

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  3. Não sou fanático. Sou atleticano. É outra história.

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