A maioria dos seres humanos é suficientemente incapaz de criar algo para se definirem como autores. Usam arquétipos de pensamentos perdedores, frases de efeito pseudo-insalubres e copiam tendências autorais alheias. E isso se trata de um todo, trata-se de comportamento, no maior ângulo que isso possa alcançar. Todavia, vivem a lamentar. Estão presos à lamentações infundadas, reducionistas, mínimas, baixas e baratas. Eu mesmo também lamento. O que é isso aqui senão uma lamentação típica de uma espécie frustrada? Entretanto, sou a favor das lamentações criativas, das lamentações verdadeiras, particulares, únicas e sinceras. Boas mesmo são as lamentações dos pássaros, em forma de canto. Ou essa logo abaixo, que o artista de rua Moondog compôs lamentando a morte de Charlie Parker, saxofonista, compositor, um dos músicos mais influentes do jazz e também conhecido como Bird:
O moondog é ducaralho demais.
ResponderExcluirOntem mesmo tava ouvindo o álbum que tenho dele, o primeiro, depois de um tempo sem lembrar que existia. Aí até procurei uma coisinha na internet e li. Engraçado cair aqui do nada e ter algo dele, logo na sequência.
Muito doida a música, né.
Falou, abraço.
Lamento ou não, se escrever é doido, fica aí nessa, é bom.
É ou num é?