quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Que venha o novo ano!


Nós, da equipe do blog Um que Faltava, desejamos a todos os nossos leitores (se é que eles realmente passam por aqui) um feliz ano novo. Uma virada com a merecida comemoração e um 2010 bem melhor que 2009, com muita prosperidade, saúde e bondade. As outras coisas nós continuamos buscando, ainda que sem conseguir. É a luta que nunca cessa. A batalha sem fim que é viver. Que todos nós pensemos em paz, de maneira macro, com honestidade. Pensemos também em alegria, em sinceridade e em ajudar; por mais piegas que isso possa parecer. Ou por mais piegas que isso possa soar para alguma parte dos que aqui fazem visitas.

Em janeiro, após esse hiato de quatro dias, o blog funcionará normalmente, isto é, com posts escassos e respeitando um certo intervalo (longo) de tempo. Para deixa-los curiosos, o ano começará com um TOP 5 do que de melhor foi feito no mundo da música neste ano que está à beira do fim. No mais, deixamos a vocês nossos mais sinceros votos de felicidade. Bom 2010!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Onde não tem chopp

O clima de fim de ano também afetou o blog. Ele está empanturrado de comidas típicas e não-típicas do natal, se recuperando de um longo período ébrio e se preparando para os últimos dias de 2009. Enfim, é a famosa rebordose entre o natal e o reveillón.

Afim de ao menos dar ares novos a isso aqui, venho avisa-los de que mais um texto gastronômico - o último do ano - de minha autoria está no Mondo BHZ. Dessa vez fui parar no Chopp da Fábrica, um tradicional estabelecimento da boemia belorizontina. Curioso é o fato de eu não ter escrito nada sobre o local antes. Todavia, lá está! Aproveitem.

Para ler este e meus outros textos, além de todo o conteúdo de toda a equipe do guia crítico de artes de Belo Horizonte, basta clicar aqui.

Vocês também podem seguir o guia no twitter. Mondo BHZ = arte + cultura.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal!

Nós, do blog Um que Faltava, e o Bob Dylan desejamos a todos os nossos leitores e ouvintes um bom Natal; repleto de bondade, honestidade e alegria, mesa farta e copos cheios. Afinal, é pra isso que serve o Natal. Unir pessoas, juntar familiares, expulsar a hipocrisia e promover harmonia e estabilidade. E nada mais. Isso tudo, claro, se for possível. Uma boa festa a todos!

domingo, 20 de dezembro de 2009

40 anos depois (ou igualmente genial)



Lançado também em 1969, o longa musical-ópera-rock Tommy tirou o The Who da merda. Tornou esta uma das bandas mais viscerais da História, criando um disco (1975) sensacional, um filme épico e um modo de se pensar uma obra musical com um enredo contínuo, mais tarde copiado pelo Pink Floyd com The Wall. Ébrio.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

40 anos depois



O disco, lançado no final de 1969, foi o último com a participação de Brian Jones. Energia. Sem adendos.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Linha a linha (ou entrelinhas)

Sacul Ittazub era árabe. Ou escandinavo. Ou israelita. Morava no Brasil há alguns anos. Tinha certa dificuldade em compreender a língua que o acolhia e sustentava sobre o lado direito do ombro um sinal. Fazia uma enorme "salada indigesta" com tantas palavras evidentes. Assim, arriscava constantemente apreciar linhas, apesar de seus "juízos de valor míopes". Era arrebatado de um enorme "frisón" quando ouvia de seus interlocutores que sim, estava correto aquilo que dizia. Alguns, por vezes, corroboravam, no entanto, erroneamente com suas inferições. E assim que percebiam tal deslize, corrigiam-se o corrigindo.

Ele, do alto de sua postura acadêmica (sabe-se lá de onde), arqueava em riste seus antebraços simbolicamente representando uma banana - ou dando uma banana para aqueles. Os "embananando", acreditava que tornaria verdade aquilo que supunha: "logo eu que cri que não crer era o vero crer em colocar a mão no bolso". Vêem? Incompreensível, não? No entanto, havia conseguido arrecadar, por mérito, um montante considerável para um imigrante (devia ser turco) em épocas de pouca colonização e muita massificação.

Havia construído uma enorme lan house sob o letreiro "Fila Dupla", referindo-se, claro, aos códigos binários essenciais para o funcionamento da rede. O logotipo da empresa era idêntico ao sinal cravado em seu ombro. Uma mistura de tatuagem com queimadura de terceiro grau. Certa vez, indagado sobre um corrupto inveterado que recobria de mãos os bolsos alheios e, posteriormente, permanecia por horas e horas em sua empresa, alimentando, por conseguinte, sua conta bancária, causava grande desaprovação entre os comerciantes em redor. "São pessoas sérias, há que se distinguir casos e casos", dizia.

Ora Ittazub, pare de verborragizar tons "a esmo, sem critério, apenas visando lucro". E ele, dando de ombros, dizia que os outros é que deviam "conquistar simpatizantes". Faliu, "devido ao alto índice de desaprovação". No derradeiro momento de desilusão, sustentava olhos em lágrimas ao visualizar as últimas atrocidades de seus invejosos. Ao sair na porta de sua bancarrota internética, o letreiro com sua logo, sua marca, tinha sido vilipendiado, quase um atentado ao pudor. Haviam "furado o sinal" de Ittazub. Cabisbaixo, profetizava: "esse filho-da-puta devia levar uma multa".

Feito trágico, caminhou noite adentro arquitetando pensamentos que, acreditava, eram vanguardistas. "O que haveria de ser feito é uma conscientização da população", "apenas para corrigir", "pro muleque crescer ciente da responsabilidade". Ittazub, Ittazub, volte para a Grécia. Lá não tem brasileiro imprudente ou "pessoas aplaudindo" o equívoco da moralidade. Existem apenas sádicos que, se rindo, riam-se de si mesmos em segredo.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Lamentações em cópias coladas

A maioria dos seres humanos é suficientemente incapaz de criar algo para se definirem como autores. Usam arquétipos de pensamentos perdedores, frases de efeito pseudo-insalubres e copiam tendências autorais alheias. E isso se trata de um todo, trata-se de comportamento, no maior ângulo que isso possa alcançar. Todavia, vivem a lamentar. Estão presos à lamentações infundadas, reducionistas, mínimas, baixas e baratas. Eu mesmo também lamento. O que é isso aqui senão uma lamentação típica de uma espécie frustrada? Entretanto, sou a favor das lamentações criativas, das lamentações verdadeiras, particulares, únicas e sinceras. Boas mesmo são as lamentações dos pássaros, em forma de canto. Ou essa logo abaixo, que o artista de rua Moondog compôs lamentando a morte de Charlie Parker, saxofonista, compositor, um dos músicos mais influentes do jazz e também conhecido como Bird:

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Somos feitos para nós mesmos (ou desabafo em julgamento)


De boas almas o mundo está cheio. E vejam só como ele vai bem. É esse altruísmo bonito que nós vemos coroando a Terra. Impressionante mesmo é a esfera da nova filantropia sentimental. Agora, rumores verídicos dão conta de que beneficência é fazer o mal visando o bem, quando muito bom, em médio prazo. Balela. Nisso tudo, a única verdade é que as pessoas, cada vez mais, pensam apenas nelas mesmas; mesmo que com alguma outra parte igualmente envolvida. Tentam lhe convencer de que uma coisa ruim tornar-se-á boa num estalo do tempo. Para mim, é o encontro do absurdo com o egoísmo. A pororoca que resulta em egocentrismo. A piracema dos peixes individualistas. Penso em você, mas sobre as suas próprias costas. Deveras confortável, realmente.

A decepção é mesmo algo lúgubre, não? É o preço que pagamos por insistir em confiar. Confiança é para e em nós mesmos. E nos reais amigos que – no fim das contas – são um pouco de nós mesmos também. É preciso tomar nota de que esse orgulho parasita que vai adentrar mais uma década é sinônimo de pequenez do coração e de frieza do peito. Não dê espaço a quem sozinho caminha orgulhoso, não dê palavras a alguém que as jogue fora, não dê ouvidos a quem não é justo, não dê olhares a quem só tem umbigo, não ofereça ajuda a quem não quer ser ajudado, não dê confiança a quem não é de lealdade, não fale verdades para não escutar mentiras e não dê amor a quem não valha a pena. O egoísmo que às vezes parece saudável lhe faz mesmo pensar o quão importante você é para si mesmo, lhe faz pensar somente na primeira pessoa. Mas e no fim, o que lhe resta? Vai se esbanjar com o que? Egoísmo racional é para tudo aquilo que é micro.

O supremo do contra-senso é essa onda de egoísmo solidário ou solidariedade egoísta, como queiram, ter a competência de confortar alguém. Apesar de fingirem sentimentos, prostram-se suavizados num misto de gozo e prepotência. Não dá para simplesmente engolir tudo aquilo que lhe é jogado na cara. Frente a certos tipos de situação acho cabível e honesta a necessidade de algum julgamento. Nada de petulância, arrogância ou posse da verdade. Nem perto disso. Apenas é preciso entender que nem tudo é passível de carta branca ou passe livre. Portanto, você não mais.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Com o intuito de tirar a poeira - para ceder espço à outra mais nova - venho publicar o último registro da trilogia de textos por mim editada e adaptada, daquele quase-escritor que adotei como pseudônimo imaginário. Bom seria se tudo fosse tão bonito e confortante como as palavras que 'ele escrevi'.

"A vida é a arte do encontro, apesar dos muitos desencontros", por Roberto Terra:











O encontro

(17/08/1977)

Nada há que se compare,
Por um minuto sequer,
À esperança da espera
De esperar a esperança do encontro.

A sensação do amor
Que pode chegar,
Simplesmente não vir
Ou, quem sabe,
Resolver atrasar.