terça-feira, 10 de novembro de 2009

Mais um, este de setembro do ano de 1977, daquele que eu queria que fosse meu pseudônimo. Difícil, não? Pois é.

Uma mensagem cantada para uma certa moça, um poema-declaração para ela que abrilhantava seus pensamentos certos e dava-lhe a sensação de querer buscar. E, de fato, ele achou um incrível mecanismo de busca: a palavra. Palavra após palavra, organizadas em ordem de verdade, naquilo que ele acreditava ser sentimento.

Caraminholas na cabeça à parte, eis o rebento do moreno de traços fortes para a loira dos olhos azuis:












Quem sabe?

Que bela flor
Que suave fragrância
Mas... oh! Temor
Se a retirar da terra
Onde sua alegria germina e me encanta
Que ocorrerá?

Como um passarinho febo
A menina-flor voa com liberdade
Sua graça é sem par
Seu colorido divino

Uma tristeza insiste
Quero ter esta alada esperança
Vê-la cantar junto a mim
Porém... quase sempre não está

Nisto tudo existe o mistério
Um mistério doce
Quero o que não tenho
E o querer me faz pensar
Quando tiver o que eu quero
Posso no obter desencantar

A alegria murcha
A menina-flor presa
E o amor?

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