Mais um, este de setembro do ano de 1977, daquele que eu queria que fosse meu pseudônimo. Difícil, não? Pois é.
Uma mensagem cantada para uma certa moça, um poema-declaração para ela que abrilhantava seus pensamentos certos e dava-lhe a sensação de querer buscar. E, de fato, ele achou um incrível mecanismo de busca: a palavra. Palavra após palavra, organizadas em ordem de verdade, naquilo que ele acreditava ser sentimento.
Caraminholas na cabeça à parte, eis o rebento do moreno de traços fortes para a loira dos olhos azuis:
Quem sabe?
Que bela flor
Que suave fragrância
Mas... oh! Temor
Se a retirar da terra
Onde sua alegria germina e me encanta
Que ocorrerá?
Como um passarinho febo
A menina-flor voa com liberdade
Sua graça é sem par
Seu colorido divino
Uma tristeza insiste
Quero ter esta alada esperança
Vê-la cantar junto a mim
Porém... quase sempre não está
Nisto tudo existe o mistério
Um mistério doce
Quero o que não tenho
E o querer me faz pensar
Quando tiver o que eu quero
Posso no obter desencantar
A alegria murcha
A menina-flor presa
E o amor?
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