sexta-feira, 26 de junho de 2009

Do parto (ou de quando vem algo inesperado)


Não interessa o gosto musical, a retórica cantilena de acadêmicos musicistas quanto à frivolidade de sua obra ante Debussy, Bernstein ou Grieg, muito menos seu comportamento, suas plásticas, seus escudos pueris, o magnetismo de sua obra em angariar tantas vendas, as dicotomias de suas frases, o montante de sua dívida, os escândalos, suas aparições, seus desaparecimentos, os boatos, suas pequenices, sua suposta pederastia, sua suposta pedofilia, tudo isto não desvia ou sobrepõe algo indizível, uma sensação de algo perdido, uma fidelidade, que nunca existiu, a recordação de infância, adolescência e atualidade que, acompanhando ou não o músico, sempre teve notícias do ícone, de alguém ou alguma coisa que me causou estranhamento e certo teor de perda. Penso numa coisa, neste momento inegociavelmente sem resposta futura: a peculiaridade de ser um artista reconhecido mundialmente desde os 8 anos. Como era, em que pensava, como funcionava sua cabeça?

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