
Para os desavisados, a homenagem pode passar despercebida e tais elementos utilizados como "linguagem" podem mais parecer defeitos técnicos na película que está sendo vista, ou seja, não intencionais. O roteiro simplório, não escolhe o modelo desarticulado e curioso de seus filmes anteriores. Tampouco explora uma montagem não linear, em mosaico, que induz o espectador a montar o mesmo/outro filme em sua cabeça.
O problema do longa não perpassa pela cópia das principais características desses filmes B apenas, mas o torna tanto quanto massante. Assim, aquilo que, porventura, poderia ser um longa que faria certa paródia, comentário ou homenagem ao cinema marginal americano, torna-se apenas mais uma obra deste estilo - incluindo sua mediocridade. Tarantino e sua história conseguem extorquir de produtoras o montante suficiente (não muito considerável tendo em vista grandes produções) para viabilizar sua esganiçada obra. Mas peca e lesa sua genialidade.
Com três anos de atraso, "À Prova de Morte" tem todas as peculiaridades tarantinescas: diálogos longos (embora tediosos); cenas de ação (visíveis por vezes, repetitivas por muitas outras, mas espetacular e genial em uma específica); situações inusitadas e um elenco mesclado entre atores conhecidos como Kurt Russel e outros quase nascidos do suvaco, como Vanessa Ferlito.
Com três anos de atraso, "À Prova de Morte" tem todas as peculiaridades tarantinescas: diálogos longos (embora tediosos); cenas de ação (visíveis por vezes, repetitivas por muitas outras, mas espetacular e genial em uma específica); situações inusitadas e um elenco mesclado entre atores conhecidos como Kurt Russel e outros quase nascidos do suvaco, como Vanessa Ferlito.
Com quase duas horas de duração, espera-se, na sala de cinema, que algo aconteça ou que surpreenda o já fatigado e cansativo acompanhamento da obra. Vide "Bastardos Inglórios" que transcorre normalmente e, em determinados momentos, arrebata o espectador com novidades redivivas, mesmo que chegue quase que limiarmente entre o mesmo e o novo.
Assim, "À Prova de Morte" é o único longa dispensável na obra genial de Quentin que, apesar de ser do (ex)inovador diretor, é mais chato que carrapato no saco. Esperem sair em DVD, comprem pirata, baixem da Internet. Ir ao cinema é perda de tempo.
obs: se forem, assistam "Tudo Pode Dar Certo", de Allen.